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Você já parou para pensar por que o valor das parcelas de um empréstimo pode variar tanto? Ou por que alguns momentos parecem melhores do que outros para buscar crédito?
A resposta está em uma sigla que parece distante, mas tem tudo a ver com o seu bolso: Selic. Essa taxa, decidida pelo Banco Central, não só influencia os juros que você paga, mas pode determinar o acesso e o custo do crédito no Brasil.
Seja para expandir seu negócio, reorganizar suas finanças ou investir em um sonho, compreender o impacto da Selic nos empréstimos pode fazer toda a diferença.
Continue a leitura para entender como exatamente essa taxa mexe nos números do seu empréstimo.
O que é a Taxa Selic?
A Taxa Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reuniões periódicas e serve como referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Como funciona a Taxa Selic?
A Selic funciona como o termômetro da economia brasileira. Ela reflete o custo do dinheiro entre os bancos e, consequentemente, influencia o custo do crédito para empresas e pessoas físicas.
Quando o Banco Central percebe que a inflação está alta, ele pode aumentar a Selic para conter o consumo e desacelerar os preços. Por outro lado, se a economia está fraca, ele pode reduzir a Selic para estimular gastos e investimentos.
Como a Taxa Selic impacta os empréstimos?
A Taxa Selic é o principal instrumento de política monetária no Brasil, influenciando diretamente as taxas de juros das operações de crédito.
Segundo um estudo especial do Banco Central, alterações na Selic impactam mais rapidamente os juros de curto prazo, como crédito pessoal e financiamentos rotativos, enquanto modalidades de longo prazo, como imobiliários, tendem a reagir com maior defasagem.
Essa dinâmica demonstra que a Selic tem um papel significativo na estruturação do crédito no país, regulando não apenas o custo, mas também a acessibilidade e as condições oferecidas pelas instituições financeiras. Abaixo, destacamos os principais efeitos sobre os empréstimos:
Custos dos juros nos empréstimos
O estudo do Banco Central evidencia que, para cada aumento de 1 ponto percentual na Selic, as taxas de juros médias das operações de crédito podem subir até 0,25 pontos percentuais em modalidades de curto prazo.
Essa relação é mais evidente em categorias como crédito pessoal e cheque especial, que são rapidamente ajustadas pelos bancos devido à alta sensibilidade à Selic.
Acessibilidade ao crédito
Com base no relatório, um ciclo de alta da Selic pode reduzir a concessão de crédito em até 2% ao ano, especialmente para micro e pequenas empresas.
Isso ocorre porque a elevação dos custos de captação dos bancos gera maior seletividade na aprovação de novos financiamentos, impactando principalmente os tomadores que apresentam maior risco de inadimplência.
Impacto no prazo e no valor dos financiamentos
O estudo revela que, em períodos de Selic elevada, os financiamentos de longo prazo sofrem ajustes em seus valores máximos e prazos.
Por exemplo, a demanda por financiamentos imobiliários cai em média 4% quando há um aumento significativo na Selic, pois os consumidores enfrentam maior dificuldade para arcar com as parcelas.
Repercussão em modalidades específicas de crédito
Modalidades como o rotativo do cartão de crédito sofrem forte influência da Selic, apresentando um aumento proporcional de até 3% nos juros anuais para cada ponto percentual de alta na taxa básica.
O relatório destaca que, em 2024, mesmo com a Selic em níveis elevados, modalidades com garantia, como home equity, apresentaram maior resiliência devido ao menor risco percebido pelas instituições financeiras.
Reflexos no consumo e na economia
O impacto da Selic no crédito se reflete no comportamento econômico. O Banco Central destaca que aumentos sucessivos na taxa básica podem desacelerar o consumo em até 1,5% ao ano, afetando setores como varejo, bens duráveis e serviços.
Essa redução no crédito disponível também influencia o PIB, reforçando a importância da Selic como ferramenta de controle macroeconômico.
A Selic vai subir ou cair em 2025?
A direção da Selic em 2025 ainda gera debates entre especialistas, mas o consenso aponta para um cenário de atenção. A expectativa é de que a taxa básica de juros permaneça alta, podendo alcançar até 15%, como forma de conter uma inflação projetada para 5%, acima da meta do Banco Central.
Essa tendência reflete desafios como a inflação persistente e a necessidade de manter o equilíbrio fiscal. Além disso, o fortalecimento do dólar e a política monetária mais rígida em economias internacionais adicionam pressão sobre a Selic.
Perspectivas para a Selic em 2025
O primeiro semestre de 2025 deve ser marcado pela manutenção ou até mesmo elevação da Selic, caso os índices de inflação continuem acima do esperado. Já no segundo semestre, dependendo da estabilidade econômica e do controle da inflação, o Copom pode iniciar cortes graduais na taxa.
Para empresas e consumidores, entender essas movimentações será essencial para planejar finanças e tomar decisões estratégicas.
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Como as empresas devem lidar com a alta da Selic?
Com a alta da Selic, empresas enfrentam custos maiores de financiamento e desafios no acesso ao crédito. No entanto, estratégias bem definidas podem ajudar a contornar esse cenário e minimizar impactos negativos no fluxo de caixa e na competitividade.
Redução de custos e eficiência operacional
A alta da Selic eleva os custos financeiros, o que torna essencial revisar e otimizar despesas operacionais. Programas de redução de custos, como renegociação com fornecedores, automação de processos e eliminação de desperdícios, podem ser cruciais para liberar recursos e proteger margens de lucro.
De acordo com a CNI, empresas que adotam medidas de eficiência podem melhorar suas margens em até 15%.
Focar em eficiência não significa apenas cortar custos, mas também investir em tecnologias que aumentem a produtividade e melhorem a experiência do cliente, garantindo mais receita mesmo em períodos desafiadores.
Revisão e renegociação de dívidas
Empresas com financiamentos em aberto devem considerar renegociar suas dívidas para obter condições mais favoráveis, como prazos estendidos ou taxas fixas.
Além disso, é importante priorizar o pagamento de empréstimos com juros mais altos, como o crédito rotativo, substituindo-os por linhas de crédito mais baratas.
Outra alternativa é consolidar dívidas em um único empréstimo, como o home equity, que oferece taxas menores e prazos mais longos, ajudando a aliviar a pressão no fluxo de caixa e garante maior previsibilidade financeira.
Diversificação de receitas e mitigação de riscos
Com a Selic alta, é fundamental diversificar fontes de receita e reduzir a dependência de um único mercado ou cliente.
Explorar novos produtos, serviços ou regiões pode trazer estabilidade e novas oportunidades de crescimento.
Onde conseguir crédito em 2025?
Mesmo em um cenário de alta da Selic, o crédito pode ser um grande aliado para empresas que buscam crescer ou enfrentar desafios financeiros. É nesse contexto que a Avanti Open Banking se destaca como uma solução moderna, acessível e eficiente.
Na Avanti você tem opções de crédito personalizadas para atender às necessidades de cada empresa, independentemente do cenário econômico.
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