Neste artigo você vai ver
Embora o crédito rotativo do cartão de crédito ofereça uma solução imediata, ele pode se tornar uma armadilha financeira. Em 2023 a nova Lei do Cartão de Crédito trouxe mudanças que afetaram todos os brasileiros, especialmente aqueles que recorrem a essa modalidade de crédito.
Com juros acima de 400% ao ano, o crédito rotativo é um dos empréstimos mais caros que você pode acessar, tornando-se uma bola de neve se não for usado com cautela.
Continue a leitura para entender o que é o crédito rotativo, como ele funciona, as diferenças entre ele e o parcelamento de fatura e, o mais importante, como você pode evitar o crédito rotativo.
O que é crédito rotativo?
O crédito rotativo é uma modalidade de financiamento vinculada ao cartão de crédito, onde o titular do cartão paga apenas o valor mínimo da fatura, e o saldo restante é transferido automaticamente para o crédito rotativo.
Isso significa que, ao invés de pagar o valor total da fatura, o cliente financia o saldo devedor, com juros altos, que são cobrados no próximo mês, funcionando como um empréstimo de curto prazo.
Essa modalidade pode até ser útil para resolver problemas financeiros imediatos, mas, se não for bem administrado, pode levar a um endividamento constante, já que o saldo devedor vai sendo transferido mês após mês, gerando cada vez mais encargos financeiros.
Como funciona o crédito rotativo?
Como vimos acima, o crédito rotativo é uma modalidade de financiamento ligada ao cartão de crédito. Quando o titular não consegue pagar o valor total da fatura, ele pode optar por pagar o valor mínimo e deixar o saldo restante para ser financiado com a taxa de juros do crédito rotativo.
Isso significa que o saldo devedor será transferido automaticamente para o próximo mês, onde juros altíssimos são aplicados sobre o valor não pago.
No Brasil, a taxa de juros do crédito rotativo pode ser extremamente elevada, chegando a 400% ao ano, fazendo com que o crédito rotativo seja uma das formas mais caras de crédito disponíveis no mercado.
Com a nova Lei do Cartão de Crédito, sancionada em 2023, houve mudanças significativas na forma como o crédito rotativo funciona. A nova legislação limita o tempo de permanência do saldo devedor no crédito rotativo.
Agora, se o saldo não for pago integralmente após 30 dias, a instituição financeira deve oferecer opções de parcelamento com taxas de juros menores, evitando que o cliente fique preso à cobrança de juros exorbitantes.
Essa mudança tem como objetivo proteger o consumidor de um endividamento contínuo e tornar o crédito rotativo mais transparente e justo.
Qual a diferença entre o crédito rotativo e o parcelamento da fatura?
Embora o crédito rotativo e o parcelamento da fatura envolvam o cartão de crédito e o não pagamento integral da fatura, há diferenças importantes entre essas duas opções.
Cada uma dessas modalidades oferece formas diferentes de pagamento e taxas de juros distintas, o que pode impactar significativamente a saúde financeira de quem utiliza essas alternativas.
No crédito rotativo, o saldo devedor é transferido automaticamente para o próximo mês, sendo cobrado juros altos sobre o valor restante. Isso significa que o valor mínimo de pagamento vai apenas cobrindo parcialmente a dívida, enquanto o saldo restante continua acumulando juros compostos, o que pode resultar em um endividamento crescente.
Já o parcelamento da fatura ocorre quando o titular do cartão decide dividir o valor total da fatura em parcelas mensais fixas, ou seja, nesse caso o cliente sabe exatamente quanto irá pagar por mês, e as taxas de juros aplicadas são menores do que as do crédito rotativo.
Resumidamente, a principal diferença é que, enquanto o crédito rotativo é mais flexível, mas com juros muito elevados, o parcelamento da fatura oferece uma alternativa com juros menores, mais controle e previsibilidade para quem precisa de mais tempo para quitar a dívida.
Você também pode gostar destes conteúdos:
👉 O que é e como funciona o Sistema de Amortização Constante
👉 Guia completo: como saber se preciso declarar Imposto de Renda?
👉 Entenda as diferenças entre o home e o auto equity
O que acontece se a próxima fatura também não for paga?
Se o saldo devedor não for pago novamente na próxima fatura, o valor não quitado será transferido automaticamente para o crédito rotativo, acumulando ainda mais juros sobre a dívida.
Esse processo pode se tornar um ciclo contínuo de endividamento, especialmente porque, com os juros compostos, a dívida pode crescer rapidamente e, se esse ciclo continuar sem o pagamento de uma parte significativa da dívida, o saldo devedor pode se tornar praticamente impagável.
Além disso, a instituição financeira pode começar a limitar o uso do cartão de crédito ou até mesmo cobrar taxas adicionais e encargos sobre a dívida, isso faz com que, no longo prazo, essa situação pode afetar a credibilidade financeira do cliente.
Como evitar o crédito rotativo?
Evitar o crédito rotativo é crucial para manter a saúde financeira e evitar o endividamento, já que, como vimos acima, essa modalidade oferece uma solução rápida, mas acaba virando uma grande bola de neve. Veja abaixo algumas dicas para evitar o uso dessa modalidade.
Pague o valor total da fatura do cartão
A melhor forma de evitar o crédito rotativo é pagando a fatura total do cartão de crédito. Mesmo que o pagamento do valor total pareça difícil, ao pagar apenas o valor mínimo, você estará transferindo o saldo para o crédito rotativo e acumulando juros altíssimos.
Crie um fundo de emergência
Ter uma reserva financeira é crucial para cobrir imprevistos sem ter que recorrer ao crédito rotativo ou parcelamento da fatura. Esse fundo de emergência deve ser suficiente para cobrir de 3 a 6 meses de despesas essenciais.
Monitore seus gastos com o cartão de crédito
Antes de realizar compras, faça um planejamento de quanto você pode pagar na próxima fatura. Evite usar o cartão para gastos impulsivos e sempre verifique sua limitação de crédito para não ultrapassar o valor que você pode pagar integralmente na fatura.
Use alternativas de crédito com juros mais baixos
Se você precisar realmente de crédito adicional, prefira opções que tenham juros mais baixos como empréstimos com garantia. Essa alternativa pode oferecer taxas de juros muito mais baixas do que o crédito rotativo.
Renegocie a dívida do cartão de crédito
Se você já está utilizando o crédito rotativo e está acumulando dívidas, uma das alternativas é renegociar a dívida diretamente com a instituição financeira, já que muitas vezes os bancos oferecem parcelamentos com juros menores ou condições mais flexíveis.
Precisando de crédito para organizar as finanças?
Se você deseja colocar suas finanças em dia, quitar dívidas ou investir em novos projetos, a Avanti Open Banking tem as soluções certas para você.
Com opções como home equity e auto equity, você transforma o valor do seu imóvel ou veículo em crédito acessível, com taxas competitivas e prazos flexíveis.