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Você já parou para pensar no que realmente determina o sucesso financeiro de uma empresa? Entre tantas métricas e indicadores, o custo de capital se destaca como um dos mais críticos.
Afinal, ele representa o preço que a empresa paga para financiar suas operações e investimentos, seja com recursos próprios ou de terceiros. No cenário econômico atual, entender o que é o custo de capital e como ele impacta as decisões estratégicas nunca foi tão relevante.
Neste artigo, vamos explorar o que é esse conceito, sua importância para empresas de todos os portes e como ele pode ser gerenciado para garantir a sustentabilidade e o crescimento do seu negócio. Confira!
O que é custo de capital?
O custo de capital é o valor que uma empresa precisa desembolsar para obter recursos financeiros e financiar suas operações ou projetos. Ele representa tanto o custo do capital próprio quanto do capital de terceiros.
Em termos simples, ele reflete o retorno esperado por aqueles que investem na empresa, seja como acionistas ou credores.
Para os acionistas, isso significa a remuneração pelo risco de aplicar capital em um negócio, já para os credores é a taxa de juros ou encargos cobrados sobre o valor emprestado.
Como funciona o custo de capital?
O custo de capital funciona como um indicador que estabelece o retorno mínimo esperado pelos investidores ou credores. Para os acionistas, é a expectativa de ganhos ao investir na empresa, enquanto para os credores, é o custo dos juros sobre os recursos emprestados.
Por exemplo, se uma empresa decide captar recursos para expandir sua operação, ela precisa avaliar se o retorno esperado do projeto será maior do que o custo de capital. Caso contrário, a operação pode gerar prejuízos em vez de agregar valor ao negócio.
No Brasil, esse custo é amplamente influenciado por fatores como a Taxa Selic, que define os patamares de juros no mercado, e o risco do negócio. Empresas com alta volatilidade ou que operam em setores instáveis geralmente enfrentam um custo de capital mais elevado devido ao maior risco percebido pelos investidores e credores.
Importância do custo de capital para as empresas
O custo de capital é uma bússola estratégica para as empresas, influenciando diretamente em decisões cruciais, como a viabilidade de novos projetos, a estruturação de dívidas e a escolha entre investir em ativos ou retornar o capital aos acionistas.
No Brasil, essa métrica assume um papel ainda mais relevante devido às dificuldades que as empresas enfrentam para acessar crédito. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 65% das pequenas e médias empresas relatam dificuldades em obter financiamento com condições adequadas.
Esse cenário é agravado pela alta Taxa Selic, que eleva os juros dos empréstimos e dificulta o acesso ao crédito barato, especialmente para negócios com menor histórico financeiro.
Capital próprio x Capital de terceiros
Além disso, o custo de capital ajuda as empresas a equilibrarem a relação entre capital próprio e de terceiros. Por exemplo, enquanto o financiamento por meio de dívida (capital de terceiros) pode ser mais barato devido a benefícios fiscais, ele aumenta o risco financeiro da empresa, já que exige pagamentos fixos.
Por outro lado, o capital próprio não tem obrigações de pagamento, mas dilui a participação dos acionistas. Dessa forma, avaliar o custo de cada fonte de capital permite encontrar a combinação ideal para sustentar o crescimento do seu negócio.
Como calcular o custo de capital?
O cálculo do custo de capital é essencial para entender o retorno mínimo necessário que uma empresa precisa alcançar em seus investimentos.
Ele combina o custo do capital próprio e do capital de terceiros, sendo calculado através do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC, na sigla em inglês).
Fórmula do WACC
Onde:
- EEE: Capital próprio;
- DDD: Capital de terceiros (dívidas);
- Re: Custo do capital próprio;
- Rd: Custo do capital de terceiros;
- TTT: Alíquota de imposto de renda sobre lucros.
Exemplo prático
Imagine uma empresa possui a seguinte estrutura financeira:
- Capital próprio: R$ 5 milhões;
- Capital de terceiros (dívidas): R$ 2 milhões;
- Custo do capital próprio (Re): 12% ao ano;
- Custo do capital de terceiros (Rd): 8% ao ano;
- Alíquota de imposto (TT ): 34%.
Passo 1: Calcular as proporções de capital próprio e de terceiros:
Passo 2: Substituir os valores na fórmula do WACC:
Nessa caso, o custo de capital médio ponderado (WACC) da empresa é 10,08% ao ano.
Isso significa que, para um investimento ser viável, ele deve gerar um retorno superior a esse índice, garantindo a criação de valor para o negócio e seus acionistas.
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Como fazer a gestão do custo de capital?
Uma gestão eficiente do custo de capital é essencial para garantir que as empresas utilizem seus recursos de forma estratégica e mantenham a saúde financeira. Confira dicas práticas que podem ser aplicadas em diferentes contextos empresariais!
1. Diversificar as fontes de financiamento
A dependência de uma única fonte de capital pode aumentar os riscos e os custos. É por isso que as empresas devem buscar um equilíbrio entre o capital próprio e o capital de terceiros, explorando opções como investidores, financiamentos bancários e linhas de crédito específicas.
2. Negociar melhores condições de crédito
Manter um bom histórico financeiro é essencial para acessar condições mais favoráveis de crédito. Empresas com baixa inadimplência e boa reputação no mercado têm maior poder de negociação, podendo reduzir o custo do capital de terceiros.
3. Otimizar a alocação de recursos
Empresas devem priorizar projetos com retornos acima do custo de capital médio (WACC). Isso evita investimentos em iniciativas que não gerem valor e ajudam a direcionar recursos para atividades mais estratégicas, como inovação ou expansão de mercado.
4. Monitorar o desempenho financeiro regularmente
Uma gestão eficaz do custo de capital exige um acompanhamento contínuo de indicadores financeiros, como o fluxo de caixa, endividamento e retorno sobre o investimento. Ferramentas de gestão financeira podem ajudar a identificar pontos de melhoria e antecipar desafios, permitindo ajustes estratégicos.
5. Aproveitar incentivos fiscais e subsídios
A redução do custo de capital pode ser viabilizada por meio de incentivos fiscais e programas governamentais. Então, fique atento aos subsídios disponíveis, como linhas de crédito com taxas subsidiadas, especialmente em setores prioritários para o governo.
Como o custo de capital afeta as empresas?
O custo de capital desempenha um papel central na tomada de decisões estratégicas das empresas, influenciando diretamente o acesso a financiamentos e a viabilidade de investimentos. Empresas com esse custo elevado enfrentam desafios no acesso a crédito e em atrair investidores.
Por exemplo, taxas de juros altas podem tornar financiamentos menos acessíveis, limitando a capacidade de expandir operações, investir em tecnologia ou até mesmo manter o capital de giro necessário para o funcionamento diário. Esse cenário é comum em países como o Brasil, onde a Selic elevada exerce pressão direta sobre as taxas de juros de mercado.
Por outro lado, o custo de capital também afeta a análise de viabilidade de projetos. É por isso que as empresas precisam garantir que o retorno esperado de um investimento seja superior ao custo de capital médio (WACC). Quando isso não ocorre, iniciativas podem ser descartadas, mesmo que apresentem um potencial estratégico, devido ao risco de não gerar valor suficiente para compensar os custos.
Além disso, um custo de capital mal gerido pode prejudicar a competitividade. Empresas em setores de alta concorrência podem ser obrigadas a repassar custos elevados para os preços finais de produtos ou serviços, perdendo espaço no mercado.
Por isso, gerenciar adequadamente esse custo é uma prática indispensável para empresas que buscam crescer de maneira sustentável e se destacar no cenário econômico.
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