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O custo do crédito é um dos principais fatores que impactam tanto consumidores quanto empresas ao buscar financiamento. Ele vai além da taxa de juros, incluindo encargos adicionais e custos ocultos que podem variar conforme a instituição financeira e o perfil do tomador.
Em um cenário de alta competitividade no mercado de crédito, entender como esses custos são calculados e quais fatores os influenciam pode ajudar na hora de tomar decisões mais informadas e vantajosas.
Continue a leitura para entender melhor como funciona o custo do crédito, como ele é calculado e os fatores que afetam esse valor.
O que é custo do crédito?
O custo do crédito é o valor que o tomador de crédito paga ao longo do período de um empréstimo ou financiamento. Esse custo não inclui apenas a taxa de juros aplicada, mas também outros encargos e taxas cobrados pelas instituições financeiras., como tarifas administrativas, seguro e impostos.
O custo do crédito é expresso de forma anual, através do Custo Efetivo Total (CET), que representa o custo total do crédito para o tomador, considerando todos os encargos incidentes na operação.
O CET é uma medida que busca dar transparência ao custo real do crédito, permitindo ao consumidor comparar as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras de forma mais clara e precisa. Em alguns casos, o CET pode ser alto, dependendo da modalidade de crédito contratada, da instituição e do perfil do tomador.
Fatores que influenciam o custo do crédito
O custo do crédito é determinado por uma série de fatores que envolvem tanto o mercado financeiro quanto o perfil do tomador de crédito.
Além da taxa de juros, que é o principal componente, outros elementos, como as condições econômicas e as políticas de crédito das instituições financeiras, também têm impacto direto no valor final do crédito.
Taxa de juros básica (Selic)
A taxa Selic, definida pelo Banco Central, é a principal referência para as taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras.
Quando a Selic aumenta, as taxas de juros do crédito também sobem, refletindo o custo mais alto para os bancos de captar recursos. Esse aumento é repassado para os consumidores, tornando o crédito mais caro.
Em períodos de inflação alta, o Banco Central tende a elevar a Selic para conter a subida dos preços, impactando diretamente o custo do crédito no mercado.
Perfil do tomador
O perfil de crédito do tomador também é um fator crucial. As instituições financeiras avaliam o histórico de pagamento do cliente, seu nível de endividamento e seu risco de inadimplência.
Se o tomador possui um bom histórico de crédito e paga suas dívidas em dia, ele é considerado um tomador de baixo risco e pode obter condições mais vantajosas, com taxas de juros mais baixas.
Por outro lado, aqueles com restrição de crédito ou histórico de inadimplência são considerados de alto risco e, portanto, enfrentam taxas mais elevadas.
Política das instituições financeiras
As políticas das instituições financeiras também têm grande impacto no custo do crédito. Bancos e financeiras podem adotar estratégias de crédito mais flexíveis ou rígidas, dependendo da sua visão sobre o risco do mercado e a sua necessidade de atrair clientes.
Em um cenário de aumento da inadimplência, como o observado por algumas instituições financeiras, como o Itaú, o banco pode ajustar suas políticas para oferecer crédito de maneira mais conservadora e com taxas mais altas, como uma forma de proteger-se contra riscos financeiros.
Prazos e modalidades de crédito
O prazo e as modalidades de crédito também afetam o custo final. Empréstimos com prazo mais longo geralmente possuem taxas de juros mais altas, já que o risco para a instituição financeira é maior, dado que o tomador pode enfrentar dificuldades de pagamento ao longo do tempo.
Além disso, a modalidade de crédito (pessoal, financiamento de veículos, crédito consignado) também influencia as condições oferecidas. Por exemplo, créditos pessoais podem ter taxas mais altas do que financiamentos com garantia.
Condições econômicas gerais
Finalmente, as condições econômicas do país, como inflação, taxa de desemprego e crescimento econômico, também impactam diretamente no custo do crédito.
Quando a economia está em expansão e a confiança dos consumidores é alta, as taxas de juros tendem a ser mais baixas, pois as instituições financeiras têm maior confiança em conceder empréstimos.
Em contrapartida, em momentos de instabilidade econômica ou inflação alta, as taxas aumentam para proteger os bancos do risco de inadimplência.
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Como o custo do crédito afeta consumidores e empresas?
Para os consumidores, o custo do crédito determina quanto será pago ao longo do empréstimo e afeta diretamente o seu poder de compra. Já para as empresas, o custo do obter crédito pode influenciar desde a realização de investimentos até o próprio fluxo de caixa.
Impacto no consumidor
Para os consumidores, o custo do crédito afeta sua capacidade de adquirir bens e serviços por meio de financiamento. Quando as taxas de juros estão altas, o valor total a ser pago durante o período do empréstimo aumenta consideravelmente, o que pode desencorajar o consumo e o financiamento de compras de longo prazo, como imóveis e veículos.
Além disso, o aumento do custo do crédito pode levar ao endividamento excessivo, dificultando o pagamento das dívidas, o que pode gerar uma espiral negativa de inadimplência.
De acordo com o estudo do Itaú, no qual o aumento do custo do crédito foi uma das principais razões para o aumento das taxas de inadimplência, consumidores com maior risco de crédito enfrentam ainda mais dificuldades.
Impacto nas empresas
Para as empresas, o aumento do custo do crédito pode afetar diversos aspectos, incluindo o planejamento de investimentos e o fluxo de caixa.
Quando o custo do crédito sobe, as empresas enfrentam maiores dificuldades para financiar suas operações ou expandir seus negócios. Isso pode resultar na adição de custos elevados ao orçamento da empresa, reduzindo a rentabilidade e impactando a competitividade no mercado.
Em cenários de crise econômica, muitas empresas veem seus custos financeiros subirem devido ao aumento da taxa de juros, o que pode levar a redução de investimentos e até ao rebaixamento de planos de expansão.
Além disso, como citado no relatório do Itaú, os pequenos negócios são especialmente afetados pelo aumento do custo do crédito, pois suas margens de lucro são mais apertadas e dependem da obtenção de capital para crescimento.
Como o custo do crédito é calculado?
O cálculo do custo do crédito é feito com base em diversos componentes, sendo a taxa de juros a principal variável. Contudo, o Custo Efetivo Total (CET) envolve outros fatores além dos juros, como encargos administrativos, seguros, taxas de abertura de crédito e impostos.
Vamos ver um exemplo de como esses elementos se combinam para definir o valor total que será pago ao longo do empréstimo.
- Exemplo prático:
Suponhamos que você solicite um financiamento de R$ 10.000,00 com uma taxa de juros de 12% ao ano. Além disso, há uma taxa administrativa de 2% e um seguro de 1% sobre o valor financiado.
Valor do financiamento: R$ 10.000,00
Taxa de juros anual: 12% ao ano
Taxa administrativa: 2% do valor do financiamento = R$ 200,00
Seguro: 1% do valor do financiamento = R$ 100,00
Agora, vamos calcular o custo total considerando o CET:
Juros: R$ 10.000,00 * 12% = R$ 1.200,00
Custo total com encargos e seguro: R$ 200,00 (taxa administrativa) + R$ 100,00 (seguro) = R$ 300,00
Custo total do crédito: R$ 1.200,00 (juros) + R$ 300,00 (encargos) = R$ 1.500,00
Portanto, o CET é de R$ 1.500,00, ou seja, o valor total que você pagará além do valor principal de R$ 10.000,00 ao longo do período do crédito.
Como reduzir o custo do crédito?
Existem várias estratégias que podem ser adotadas para diminuir os encargos financeiros ao buscar um empréstimo ou financiamento. Aqui estão algumas dicas práticas para ajudar a reduzir o custo do crédito:
Melhorar o perfil de crédito
Para os consumidores, ter um bom histórico de crédito pode resultar em taxas de juros mais baixas, pois os credores consideram os indivíduos com bom histórico como tomadores de menor risco.
Pagar as contas em dia, reduzir o nível de endividamento e evitar inadimplência são formas de melhorar seu score de crédito. Para empresas, manter as finanças organizadas e ter um fluxo de caixa saudável pode também resultar em taxas mais favoráveis.
Negociar melhores condições
Sempre que possível, tente negociar as taxas de juros e os encargos adicionais com a instituição financeira. Muitas vezes, é possível conseguir condições melhores, principalmente se você tem um bom histórico financeiro ou está em um momento de baixa taxa de juros.
Optar por crédito com garantia
Em vez de recorrer a empréstimos sem garantia, como empréstimos pessoais, considere as opções de crédito com garantia, como o home equity ou auto equity. Esses tipos de crédito geralmente oferecem taxas de juros mais baixas, pois o credor tem um ativo como garantia, o que reduz o risco da operação.
Para empresas, uma alternativa interessante pode ser o capital de giro, que, quando garantido, possibilita condições mais favoráveis de crédito, ajudando a reduzir o custo do financiamento e oferecendo mais flexibilidade nas operações diárias do negócio.
Comparar ofertas de diferentes instituições financeiras
Não aceite a primeira oferta de crédito que aparecer. Comparar as condições de diferentes bancos e financeiras pode ser uma maneira eficaz de encontrar a melhor opção com o menor custo.
Lembre-se de levar em conta não apenas a taxa de juros, mas também os encargos adicionais e a CET (Custo Efetivo Total), que inclui todas as taxas e impostos.
Refinanciar a dívida
Se você já possui um empréstimo com altas taxas de juros, considere refinanciar a dívida. Isso pode ser feito buscando melhores condições em outra instituição financeira ou negociando com a instituição original.
Refinanciamentos podem resultar em redução das taxas de juros e facilitar a reorganização do pagamento das dívidas.
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