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Você sabe exatamente o impacto das dívidas no caixa do seu negócio? Em 2023, por exemplo, o mercado brasileiro foi sacudido com a notícia da dívida bilionária da Americanas.
Se você não quer ser surpreendido por um rombo no caixa da sua empresa, precisa monitorar o grau de endividamento.
Com esse indicador você consegue avaliar a sustentabilidade do seu negócio e evitar surpresas como a da Americanas.
Neste artigo, explicaremos o que é o grau de endividamento, como calculá-lo e fornecer insights práticos para melhorar as dívidas da sua empresa. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o grau de endividamento?
O grau de endividamento é um indicador financeiro que mede a relação entre o capital de terceiros (dívidas) e o capital próprio de uma empresa.
Esse indicador avalia a saúde financeira do negócio, ao apresentar o nível de dependência da empresa a dívidas para financiar sua operação.
Em termos simples, ele revela quanto dos ativos de uma empresa são financiados por dívidas em vez de capital próprio.
Um grau de endividamento alto pode indicar que a empresa está muito alavancada. Isso representa um risco se o negócio não conseguir gerar lucros suficientes para pagar suas dívidas.
Por outro lado, um grau de endividamento baixo pode sugerir que a empresa está utilizando principalmente recursos próprios. Isso limita o seu potencial de crescimento se não estiver aproveitando oportunidades de crédito externo.
O mais importante para o empresário é colocar esse resultado em perspectiva com a estratégia da sua empresa. Assim, ele pode entender se aquele de endividamento (alto ou baixo) está conforme o planejamento.
Por exemplo, se a sua estratégia de crescimento é a alavancagem financeira com capital externo e considera os riscos desse processo, um de endividamento alto não representa um problema.
Endividamento das empresas no Brasil
O endividamento das empresas no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Um estudo do Cemec-Fipe revelou que o número de recuperações judiciais (RJs) aumentou 103% em novembro de 2023 em comparação ao mesmo período de 2021.
Segundo dados da Serasa Experian, 1,4 mil solicitações de recuperação judicial foram registradas em 2023, um aumento de 68,7% em relação a 2022.
Em janeiro de 2024, a Serasa também registrou 6,7 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, com dívidas somando R$ 127,8 bilhões.
Em média, cada empresa inadimplente possuía 7,1 contas atrasadas e um ticket médio de débito de R$ 2.705,2.
Esses dados reforçam a importância dos empresários e gestores acompanharem de perto os indicadores financeiros da empresa, com atenção especial para o grau de endividamento.
Como calcular o grau de endividamento?
Calcular o grau de endividamento é um processo simples que pode ser realizado usando informações do balanço patrimonial da empresa.
A fórmula básica para calcular é:
- Grau de Endividamento = (Capital de Terceiros / Total de Ativos) x 100
Vamos considerar um exemplo prático para ilustrar esse cálculo.
Imagine uma empresa fictícia chamada Prisma. A Prisma possui as seguintes informações no seu balanço patrimonial:
- Ativo Total (bens e direitos): R$ 100.000,00;
- Capital de Terceiros (Passivo circulante + Passivo não circulante): R$ 45.000,00;
- Patrimônio Líquido: R$ 55.000,000.
Para calcular o grau de endividamento da Prisma, aplicamos a fórmula:
- Grau de Endividamento = (45.000 / 100.000) x 100 = 45%
Nesse exemplo, o grau de endividamento da empresa Prisma é de 45%. Isso significa que 45% dos ativos da empresa são financiados por capital de terceiros.
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Como analisar o grau de endividamento?
Agora que você já entendeu como calcular esse indicador na sua empresa, veja como interpretar o resultado de maneira estratégica!
Compare com a média do seu mercado
Isso te ajudará a entender se o nível de endividamento do seu negócio está nos padrões aceitáveis ou se está muito alavancado em comparação com os concorrentes.
Considere também a sua visão de crescimento e tomada de risco.
Monitore a evolução
Monitore o endividamento da empresa ao longo do tempo para identificar tendências.
Um aumento constante pode ser um sinal de alerta, indicando que o negócio se tornou dependente do capital de terceiros.
Avalie a geração de caixa
Você precisa considerar a capacidade da empresa de gerar caixa suficiente para pagar as dívidas tomadas.
Indicadores como a margem EBITDA e o fluxo de caixa operacional são úteis nessa análise. Uma boa capacidade de geração de caixa é decisiva para a sustentabilidade financeira.
Considere o impacto dos juros
Em períodos de alta da Taxa Selic, por exemplo, o custo dos empréstimos pode aumentar consideravelmente, comprometendo a lucratividade e a capacidade de pagamento da empresa.
Analise a estrutura de capital
Um equilíbrio saudável entre capital próprio e capital de terceiros é decisivo para a estabilidade do negócio.
Empresas com um grau de endividamento muito alto podem enfrentar dificuldades para manter a lucratividade ou tomar crédito barato.
Como já falamos anteriormente, o endividamento precisa ser analisado em conjunto com o modelo de negócios e a estratégia de crescimento da empresa.
Assim, será possível entender se o business plan está alinhado com a visão dos líderes e gestores sobre alavancagem e tomada de crédito.
Como melhorar o endividamento da empresa?
Confira 5 dicas estratégicas para melhorar as dívidas do seu negócio!
1. Controle despesas
Realize uma auditoria detalhada das despesas operacionais para identificar e eliminar custos secundários. Pequenas economias podem somar grandes resultados a longo prazo.
Isso inclui softwares que não são utilizados, renegociação de mensalidades com fornecedores e revisão de processos que travam o operacional da equipe.
Ferramentas de gestão como o Lean Manufacturing podem ser úteis para identificar áreas de melhoria.
2. Negocie com fornecedores
Renegocie prazos e condições de pagamento com fornecedores para desafogar o fluxo de caixa. Obter prazos mais longos ou descontos por pagamento antecipado pode aliviar a pressão financeira.
Desenvolva também parcerias estratégicas com fornecedores que possam oferecer condições mais vantajosas, como compras em maior volume com descontos adicionais.
3. Gerencie os recebíveis
Serviços de antecipação de recebíveis geram liquidez imediata para vendas a prazo. Isso ajuda a melhorar o capital de giro e a reduzir a dependência de empréstimos de curto prazo.
Implemente também uma política de crédito rigorosa para reduzir o risco de inadimplência dos clientes. Realize análises de crédito detalhadas antes de conceder prazos de pagamento aos seus compradores.
4. Aumente a receita
Não adianta, você precisa explorar novos mercados e públicos ou diversificar o portfólio de produtos e serviços para aumentar o faturamento. A expansão pode trazer novas fontes de receita que ajudam a reduzir o problema do endividamento.
Considere também promoções e descontos para aumentar as vendas e melhorar o fluxo de caixa. Estratégias de marketing mais direcionadas podem atrair mais clientes e aumentar o volume de conversão.
5. Refinancie as dívidas
Busque a renegociação das dívidas existentes para obter melhores taxas de juros e prazos mais longos. A renegociação pode reduzir o impacto da dívida no caixa mensal e liberar recursos para outras áreas.
Uma excelente opção é a consolidação de dívidas para simplificar a gestão financeira e obter melhores condições de pagamento, como veremos a seguir.
Por que considerar a consolidação de dívidas?
A consolidação de dívidas é uma estratégia eficiente para simplificar a gestão e melhorar a saúde financeira da empresa. Confira seus principais benefícios:
- Simplifica o controle financeiro: unifica várias dívidas em um único pagamento mensal, evitando atraso e multas;
- Melhora as condições de pagamento: taxas de juros mais baixas e prazos mais longos, diminuindo o valor das parcelas mensais e aliviando o fluxo de caixa;
- Aumenta a liquidez: ao liberar recursos comprometidos com múltiplas dívidas;
- Facilita o planejamento: fornece um panorama mais previsível e controlado sobre o caixa da empresa;
- Retoma a credibilidade: junto a investidores e instituições financeiras, facilitando o acesso a novas e melhores condições de crédito.
A consolidação de dívidas é uma solução estratégica para empresas que buscam simplificar suas finanças e reduzir seu grau de endividamento.
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